Páginas

segunda-feira, 19 de março de 2012

Minha Noite de Cinderela

O reflexo no espelho parecia ser uma propaganda enganosa, a menina que ali estava não era eu, ela está bonita demais, bem vestida demais, sorridente demais. Tudo estava perfeito e eu me sentia como cinderela indo para o baile. Só que diferentemente dela, eu não está indo para o baile de outra pessoa, eu estava indo para a minha festa de quinze anos e essa idéia só me fazia ficar mais nervosa.

Logo quando cheguei, pude ver aquele mar de gente com seus olhos curiosos voltados para mim, me olhando de cima a baixo com o mesmo choque que eu tive ao me olhar no espelho e provavelmente se perguntando se eu me encaixava dentro daquela festa maravilhosa. Eu desprezei todos aqueles olhares incrédulos, pois os únicos com quem eu realmente me importava tinham seus olhos brilhando de felicidade e isso já fez tudo valer a pena.

A festa seguia seu curso normal, e às onze horas as homenagens se iniciaram. Amigos e familiares falaram coisas tão bonitas de mim que só o pude fazer foi transbordar em lagrimas e a emoção tomava conta de todos que viram e ouviam tudo aquilo.

Um pouco depois a valsa começou. E mais olhares cheios de expectativas brotaram por todos os cantos. A valsa era quase um ritual de passagem, onde o pai dançava com sua menina que acabara de virar mocinha e a entrega (a contra gosto) nos braços de um menino escolhido pela própria filha. Era o momento em que todos estão curiosos para ver quem seria o escolhido e onde meu coração pulava compulsivamente. E foi só no momento em que fiquei só no meio do salão esperando ele se pronunciar que percebi que na minha noite de cinderela, uma coisa diferente do conto de fadas aconteceu. Não houve o desencontro entre o príncipe e a mocinha, o sapatinho de cristal não foi perdido, e o encanto não se desfez. Tudo continuava intacto, mesmo depois da meia noite.



*Em breve, dicas para festas e viagens de 15 anos.

Nenhum comentário: